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domingo, 30 de janeiro de 2011

Sobre o Ato de Voar

Sobre o Ato de voar.
(Gleison Gomes)

            Recentemente fiz minha primeira viagem de avião. Não estava nervoso nem angustiado com isso. Estava na verdade com uma grande expectativa em relação ao meu primeiro voo ao céu.
            Sempre tive em mim um amor muito grande pela liberdade. Associava ela (liberdade) ao voo dos pássaros. Estar no céu pra mim era estar no alto, livre. Era estar mais perto de Deus. Foi perceber pela primeira vez como é ver o ser humano lá de cima.
            Não obstante, o melhor momento desta aventura foi sentir a decolagem, a hora de desprender-se do chão. Sentir isso foi estar mais leve. Foi uma emoção na qual não sentimos muito, por estar sempre pregados com os nossos pés ao chão. E assim decolei. Meus pés não estavam mais presos e uma enorme sensação de bem estar tomava conta do meu ser. Inexplicável. Era sentir como a vida fosse grande demais e o tempo que temos no mundo fosse curto para tantas coisas que podemos aprender. Voar para mim foi entender mais ainda o significado da vida.
            Percebi os encantos que a natureza tem. Os rios, os montes, a vegetação, os  raios de sol sobre o avião, as nuvens por onde me encontrava. Toda a grandeza da Terra enxerguei. O mais estranho disso tudo, foi estar lá em cima e ver as construções e as cidades. Como era curioso a sensação. O homem pode construir grandes cidades, mas a grandeza de suas obras eram imperfeitas diante de uma natureza exuberante. Procurava-os em suas construções, mas não conseguia enxergá-los. Como somos pequenos e nossos problemas mais ainda. Pelo alto não havia dificuldades ou diferenças pelo mundo, porque mal conseguia enxergar os próprios homens. Que sensação única eu tive.
            Voltei desta viagem me propondo a mudar. Se existe algo que podemos fazer pela liberdade, é deixar que os outros sintam. Não os liberto, pois a mim não pertence tal ousadia. Sobre o que aprendi? Que cada um veja por si só que ela pode ser possível. Mesmo que estejam no chão, sentir as coisas simples da vida e apreciar a natureza é desprender-se das gaiolas e arapucas que nos prendem pelo mundo. sobre estas palavras? Que elas despertem no íntimo das pessoas fortes emoções que eu mesmo desconheça.

E assim verei a vida ...
            Apenas voe.
(Texto escrito em julho de 2009 em decorrência da minha primeira viagem de avião)

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