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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pássaros Calados


 (Gleison Gomes)

Desculpe Amor,
mas eu preciso do silêncio pra viver.

Perceba nestes breves versos
meus raros, porém eternos momentos
ao teu lado.

Poucas palavras proferidas,
muitas vezes necessárias pela vida.
Instantes em que me encontro
tão próximo quanto distante deste mundo.
Incômodo silêncio do meu ser.

Me perdoe Amor,
mas o ensurdecedor  silêncio que te angustia
é o meu viver.
É nele que viajo léguas procurando
um sentido para a vida.
Não dá pra ver o mundo
senão por estes olhos.

Calados momentos.
Sozinho em teu colo o silêncio é inspiração.

É dele que preciso pra viver.

http://twitter.com/gleisongomesu2

AposTa


(Gleison Gomes)
Era seu costume semanalmente jogar na loteria. Por tempos construíra em seu pensamento um forte pressentimento de ser contemplado com um prêmio que mudaria definitivamente a sua vida. Simplesmente acreditava ser possível.
Na primeira semana daquele mês de março acumulou um considerável prêmio na Mega Sena. Era a sua oportunidade. Juntou os bilhetes que costumava jogar toda semana e pôs-se mais uma vez a repetir os números que rotineiramente jogava durante décadas. Nunca havia acertado mais que três números num mesmo bilhete durante todos estes anos.
Um dia pela madrugada, sonhou algo estranho do habitual. Imaginava-se dentro de um poço de bosta se afundando. Tentava de todas as formas procurar sair, mas não conseguia. Foi uma coisa tão forte que acordou assustado. Suado, sentindo frio, ficou a beira da cama procurando entender o sonho. Nada conseguiu.
Na manhã seguinte, meio preocupado, saiu a caminhar para o trabalho. Em frente ao bar da esquina, encontrou o senhor Candido, um exímio conhecedor de sonhos e simpatias. Era um velho amigo que não via há tempos. Angustiado, pôs-se a desabafar com o amigo. O senhor Candido logo não hesitou em lhe dizer:
– Isso é dinheiro! E olha que não é pouco não. Pra mim, bosta não tem outra relação que não seja com dinheiro meu amigo.
Repentinamente ficou perplexo. Do semblante sério e preocupado, surpreso, ficou alegre. Nestes poucos segundos fez uma breve relação do sonho com a aposta na loteria. Viajou longe em seus pensamentos. Saiu do bar agradecendo ao amigo e pôs-se a sonhar com aquilo que nunca pode ter em sua vida.
Por si só tudo era amargo. Saía cedo de casa para trabalhar numa construção como auxiliar de pedreiro, aonde chegava muitas vezes reclamando de dor nas costas, tamanho era o trabalho forçado que fazia. Parecia tudo aquilo, em muitas ocasiões, um poço de bosta na qual ficara atolado sem ter como sair. Era assim que via em sua aposta a esperança de mudar de vida.
Chegava o dia do sorteio. Ansioso, nem dormiu direito durante a noite. Saiu depressa pela manhã até à loteria para conferir o bilhete. Seus costumeiros números eram sempre o seis, o catorze, o vinte oito, o trinta e três, o trinta e cinco e o quarenta e sete. Feliz, viu coincidir o número seis. Depois, veio catorze e logo o vinte oito. Inexplicavelmente entusiasmado, mal esperava o que ainda viria.
Os últimos três números para seu azar, nada coincidiram com os sorteados. Frustrado, mais uma vez o que conseguiu foi somente acertar a metade do jogo. Seus sonhos de uma vez se desmoronaram. Nada levou da sua aposta. Mais uma vez, por mais de uma década, continuaria ele ainda no meio da bosta.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os dias que passam...


Portas antigas, de madeira castigada ostentam ainda o ferro frio acariciado por um Sol de Dezembro. Fecham-se com ruído de ferrolhos em protesto, exibem o seu cansaço e esperam...
São portas de casas, palheiros ou moinhos que se abrem para vidas e promessas idas. Posam para a máquina como resistentes do tempo e das intempéries, presto-lhes homenagem e penso naquelas que se fecham sem ruído, em silêncio dorido... as da alma, do coração ou da memória.

publicado por Torradaemeiadeleite em http://torradaemeiadeleite.blogs.sapo.pt/2007/12/

Muito Bacana!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Saudades

(Gleison Gomes)

E se eu sentir saudades?
Mesmo assim, longe de ti,
te amarei.

Veja nesta saudade o meu desejo,
não é ela mais forte que o amor.

E se eu sentir saudades?
Mesmo assim, distante,
cada vez mais eu andarei.

E seu eu sentir saudades?
Bem longe de ti,
assim te buscarei.

Para minha querida Vivi.


NovO aNo

(Gleison Gomes)

Se teus sonhos não foram realizados,
que neste novo ano você possa realizar.
Se eles não foram realizados,
por falta de sua ação,
que Deus lhe dê a força e a coragem
pra seguir adiante o que deseja o teu coração.

Se teus sonhos não foram realizados,
não desista do que acreditas, pois ele virá.
Se eles não foram realizados
porque não ousou acreditar,
que Deus tenha misericórdia e piedade,
pois não se ganha um sonho sem poder lutar.

Se teus sonhos não forem realizados,
saiba que todos eles estarão guardados
num lugar profundo do seu coração,
esperando as portas de sua mente
se abrirem para pô-los em AÇÃO.

Escrito no ano novo de 2008 para 2009.
Dedicado a todos os amigos e amigas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um Olhar de esperança

(Maria Vitória)

Sempre vi um olhar de desespero
que sempre me deu medo.
Um dia eu vi um olhar de esperança,
que me trouxe paz, amor e muita segurança.

O olhar de esperança vem da alma,
é o que sempre nos dá calma.
É o olhar que me traz muita energia,
me enche a alma, principalmente de alegria.

Poema de Maria Vitória - 10 anos

Preces

(Gleison Gomes)

Valei minha Nossa Senhora,
Que com estes meninos vou ficar.
Peço tua benção,
Pra mim não “abestaiá”
O que lhe peço este dia,
E que os meninos possa estudar.

Vamos ver o que faço,
Pra estes menino aprender.
Mexer com a cabeça,
Pra fazer gente entender.
Que o que importa nesta vida
É as criança saber.

Saber que o mundo,
Só se pode ser melhor
Se cada um de nós
Com firmeza, saber de “cór”
Que quem não estuda
Não há gente pior.

Coitado daquele que brinca
Quando tá na sua escola.
Peço que nunca o veja,
Na esquina pedindo esmola.
Peço pra não ver
Nenhum cheirando cola.

Por isso estou aqui.
Pra Senhora agradecer.
Que pra mim esta manhã,
Vai ser um imenso prazer.
Com os meus versos de cordel
Fazer estes menino aprender.


SEU FRANCISCO E A CERVEJA

Gleison Gomes

Com as marcas do tempo
Estampadas em seu simples rosto
Vejo a ti
Velho.

Na manhã de uma linda quinta-feira
Sentado à mesa de um bar
Olho a tua ousadia
Meu caro velho.

A melhor companhia desta vida
Nesta fase que se encontra
Foi a de um copo de cerveja,
Na mesa deste bar.

Na tua idade muitos morrem em suas casas
Já não podem fazer muitas coisas.
Mas tu estás aí, vivo
Meu caro velho.

O teu remédio de todas as manhãs
Não é algo comum pra tua idade.
Mas isso não preocupa
Este fardo da tua vida.

Escrevo-te estes simples versos
Pra dizer que lhe admiro
Por estar vivendo desta forma,
Meu caro velho.

Parece-me não lhe assombrar
O gosto horrível da morte,
Que amedronta os fracos
Meu forte velho.
Que vontade é essa
De aproveitar o restante de teus dias?
Tu enamoras esta manhã
A sua mais bela companhia.

A companhia amarga
Desta loira conhecida,
Que não é indicada
Para o fim da tua vida.

Se um dia partires
Meu caro velho
E nesta vida não tiveres mais
Saiba que sentirei tua falta.

Das manhãs em que sentas,
Nas velhas mesas deste bar
Para degustar o amargo gosto
Do que foi a tua vida.

Escrito em 2008 para o Velho Chico.

Tango

(Gleison Gomes)

Envolva o teu corpo ao meu,
que o conduzirei ao caminho infinito do amor.

Sinta os meus braços aos teus
ardentemente num vôo
complexa emoção.

Encare teus olhos ao meu,
que descobrirei em ti
os desejos mais íntimos do teu coração.

Encoste teus lábios aos meus,
que encontrarás perdida no labirinto escuro do meu ser.

Envolva, Sinta,
Encare,
Encoste.

Bem juntos,
somente dance.


Origem das notas musicais

Provavelmente você conhece as notas musicais, mas você já se perguntou de onde elas vieram?

 
Bom, a nomenclatura, que ficou famosa a partir do século XII, foi criada pelo monge beneditino Guido Arezzo, que viveu por volta de 995 a 1050 (d.C.). O padre, que registrou e padronizou os escritos musicais, usou a primeira sílaba de cada verso de um hino de louvor a São João Batista: “Ut queant laxis/ Resonare fibris/ Mira gestorum / Famuli tuorum/ Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”. A tradução é algo como: ” Para que teus servos / Possam, das entranhas/ Flautas ressoar/ Teus feitos admiráveis/ Absolve pecado/ Desses lábios impuros/ Ó São João”. No século XVII, houve a troca de “ut”, por “dó″. O “si” nasceu da abreviação de “Sancte Iohannes” que em português significa São João.

Fonte: Revista Aventuras na História, Dezembro 2007, Editora Abril.

Disponível em: http://crendiospai.com.br/2010/10/page/7/

Como o Encontro das Notas Musicais

 (Gleison Gomes)


Como o encontro das notas musicais,
Assim me aproximei de ti.
Não há como esquecer a magia
Deste dia encantador.

Como o encontro das notas musicais,
Ouvi a voz suave do seu coração
Se misturando ao som afinado
De um lindo violão.

Nossas vozes ainda eram tímidas
Mas dizíamos muitas coisas
Em cada melodia.

Não há como esquecer este dia encantador.

Assim como a lua que me encanta
Escuto a tua voz que me canta
As mais belas sinfonias musicais.
É lindo ouvir-te, simpatia.

Como o encontro das notas musicais,
Assim nos encontramos.

Como as notas que soam pelo ar,
Que se juntam e formam as mais belas sinfonias
Ouvidas pelos seres humanos
Assim foi nosso encontro.

Encontro de notas musicais
Que se eternizam pelo tempo
E que ninguém esquece.
Encontro de notas e pessoas que ficarão guardadas para sempre
No som de nosso coração.

Em Deus

(Gleison Gomes)

Em
mim

Dizendo neste breve instante
estas poucas, porém
únicas palavras:
Salve-me!



Poema de criança

Posto aqui um poeminha da minha prima Maria Vitória de 10 anos. São alguns versinhos sobre a escola...

A Escola
(Maria Vitória)

Gosto de brincar
com alegria vou pular.
Gosto de pintar
na noite de luar.

Quero aprender
quero estudar.
Só quero uma coisa
a escola é o lugar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Como La Cigarra - por Mercedes Sosa

Excelentíssima intérprete


Na(t) dureza

(Gleison Gomes)
Sol forte, calor intenso, baixa umidade.
Sede, fadiga, estresse.
Quem agüenta viver assim?
Que mundo quero construir pra mim?
Conseqüência do descuido à natureza.
Até quando vais suportar,
na vida esta dureza?